(ao amigo Gilmar Eli Cardoso)
Pensava, que num dia desses, como que por surpresa, nos encontraríamos de novo para sentarmos com nossas lembranças. Imaginava que ouviria suas histórias e lhe contaria as minhas, diríamos da vida, conquistas e desencantos. Falaríamos de tantas coisas, tantos feitos, experiências. Retomaríamos antigas conversas, lembraríamos pessoas conhecidas, do que nos fez rir e do que nos fez chorar. Revisitaríamos o passado de nossas memórias, de um tempo sofrido e bom. Seria um café e uma conversa sobre a mesa da simplicidade, da alegria e da vida.
Nutri, em meus desejos, a ideia de rever amigos como você. Revisitá-los para lhes contar e saber sobre o desenho que nos fez o tempo, reconhecê-los, e gostar novamente de sua companhia e amizade.
Pensei muito e fiz pouco. Perdi-me nos sonhos da esperança e me esqueci de que nem a muita esperança faz esperar o tempo, a matéria e a vida.
Agora, te reencontro aqui, sob a frieza desta lápide. Que desencontro terrível!
Resta a ausência das palavras, notícias e histórias, resta uma distância sem despedidas, resta um nunca mais, resta o silêncio, resta a amizade.
Nilson.
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